Qwerty Editorial – Deus existe mesmo ou é uma invenção humana?

O tema é polêmico, a ver pelo número de pessoas que acredita em Deus, ou alguma divindade ou força superior a reger os destinos da humanidade. A despeito de toda essa crença, existe uma corrente muito forte que defende a tese de que não há nada que comprove a existência de qualquer força superior. Apesar de todos possuírem suas preferencias e opiniões em termos de religião, tentaremos fazer apenas uma abordagem histórica.

Talvez pensar como tenha surgido no homem a necessidade de cultuar algo que lhe transcende, seja um pouco difícil e abstrato, afinal, a história da religião se confunde com a própria história do homem sobre a terra. A partir do momento que as espécies primitivas que deram origem ao homem como o conhecemos hoje, tomaram consciência de si mesmas, de sua existência, surge, então, o culto às divindades, mesmo que estas não fossem assim consideradas, mas o fato é que em algum momento de sua evolução, o homem fez a associação entre as coisas que aconteciam na sua vida e a influência que as forças natureza pudessem ter sobre ele.

Foi assim que os fenômenos da natureza se tornaram os primeiros deuses – o vento, a chuva, o raio, o trovão, os terremotos. Sem saber explicar o porquê daquelas ocorrências, o homem primitivo logo enxergou nelas uma força superior. Organizando-se cada vez mais em sociedade, o sucesso nas caçadas, pescarias, e a própria agricultura, milênios mais tarde, eram associadas ao fato de se estar em sintonia com os deuses. Caso o fracasso viesse, eram eles, os deuses que, descontentes com o proceder humano, lançavam sua ira sobre os homens, castigando-os pelo mau proceder. Para agradá-los, oferendas eram depositadas em sua honra, no começo, plantas, animais e mais tarde, até vidas humanas eram sacrificadas, tudo para satisfazer as divindades.

O curioso é que esse sentimento não surgiu em apenas um determinado lugar. A noção de religiosidade e a crença em um deus, seja ele qual for, apareceu em diversos pontos do globo, a maioria deles, isolado uns dos outros, de forma que um povo não poderia ter influenciado o outro, isso é um fato.

Com o passar dos tempos, o homem evoluiu e a noção de religião o acompanhou, a ponto de os destinos da humanidade serem regidos, literalmente por algumas correntes filosóficas. Lideres surgiram em diferentes épocas, fundando religiões que se perpetuaram – Maomé, Lao Tsé, Confúcio, Buda, Jesus Cristo, Sócrates, Erasmo, Platão, Mahatma Gandhi, Dalai Lama, etc . Não podemos esquecer os povos que por circunstâncias muitas vezes pouco esclarecidas, tiveram seu auge e declínio, a ponto de desaparecerem, mas que deixaram suas marcas na arquitetura, nas artes e também na religião, como os Egípcios, Maias, Astecas, Incas, os povos indígenas de todas as partes do mundo, com destaque para os africanos.

Existem correntes um pouco mais ousadas que afirmam que o fato de a noção de religiosidade ter surgido no homem mais ou menos na mesma época deve-se a intervenção de seres mais evoluídos que vieram ao planeta Terra com a missão de trazer aos povos primitivos, tecnologias e conhecimentos que os fizessem evoluir mais rápido. Desse contato com o terráqueo teria surgido a devoção aos seres do espaço. E os argumentos são realmente bastante convincentes quando os que pretendem justificar algumas ocorrências como sendo de origem extraterrestre. O exemplo mais clássico é a existência das pirâmides do Egito, ao menos as ter principais: Quéops, Quéfren e Miquerinos. E você o que pensa sobre isso?

As religiões foram ao longo do tempo, as responsáveis por elevar e rebaixar o homem, por promover a vida e a morte de milhares de pessoas. No início através do medo, mais além, pelas promessas de uma vida no além-túmulo melhor do que a vida presente. Como âncora ou tábua de salvação para os sofrimentos humanos, elas se mantém e faz adeptos diários, trazendo o conforto aos corações castigados pelas mazelas da vida.

Se deus existe ou não, essa é uma questão íntima, onde cada pessoa deve decidir por si mesma. Assim como a preferência por este ou aquele time de futebol, partido político, estilo de roupa, cada um deve agir e pensar como melhor achar, desde que não prejudique aos outros e tenha o bem como bandeira de vida.

Pensemos nisso!