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Nova data para a realização do desfile cívico continua gerando opiniões contrárias na comunidade

Evento será realizado no dia 15 de novembro, mas não assegura a participação de todas as escolas

Um dos assuntos que tem repercutido entre os pedritenses nos últimos tempos é a realização ou não do desfile cívico neste ano de 2023. A promoção do evento tem gerado inúmeras polêmicas desde que o mesmo foi anunciado, no mês de agosto. Em um primeiro momento, o trajeto escolhido para sediar o tradicional evento – que aconteceria na Rua Andrade Neves, próximo ao quartel – descontentou escolas e a própria comunidade, que se mostrava insatisfeita com a escolha.

Diante daquele cenário, uma reunião promovida pela Secretaria de Educação  apontou um novo percurso a ser cumprido – desta vez pela Rua Bernardino Ângelo –  por estudantes, professores e entidades do município. O evento seria realizado no dia 04 de setembro, mas em razão das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul precisou ser transferido para o dia 07, e posteriormente para o dia 10 daquele mês, o que acabou não se concretizando e resultou em uma nova suspensão da atividade.

No último dia 06, no entanto, uma nova data havia sido definida: o desfile aconteceria em 29 de outubro, véspera do aniversário da cidade. Dias depois, uma nova suspensão do evento tida como “definitiva”, e que tornou-se pública através de uma nota divulgada pela prefeitura, foi anunciada na manhã de 11 de outubro. Na ocasião, cumprindo agenda em Porto Alegre e sem estar a par da situação, o prefeito Mário Augusto de Freire Gonçalves lamentou o ocorrido, e naquele mesmo dia, em conversa com a Qwerty, afirmou que gostaria de rever a decisão em solidariedade às famílias e aos estudantes.

Com a interferência do chefe do Executivo, uma nova reunião foi promovida na manhã de hoje (16) com membros da Secretaria de Educação e dirigentes das escolas municipais e estaduais da Capital da Paz. Na ocasião, conforme divulgado pela prefeitura, “o prefeito destacou que não estava obrigando ninguém a desfilar, mas sim, oferecendo estrutura para que todos que queiram desfilar, já que é uma vontade da maioria dos pais e alunos”. O encontro resultou em uma nova data, sugerida por um dos professores presentes e considerada prudente para a realização da atividade: o feriado de Proclamação da República, comemorado em 15 de novembro. 

Em razão do calor, também ficou acertado que o desfile acontecerá na parte da manhã e em uma nova rota, na Avenida Rio Branco, onde ocorre tradicionalmente.O trajeto, no entanto, será divulgado apenas próximo à data do evento, como frisou o departamento de comunicação da prefeitura.

A decisão

Em conversa com a Qwerty no início da tarde desta segunda-feira, o prefeito Mário Augusto de Freire Gonçalves se mostrou satisfeito com a conversação que, segundo ele, ocorreu de forma harmoniosa e participativa. “Acho que tem tudo para dar certo, e vou contar com a participação da comunidade, que tanto clamou por esse desfile, e também das escolas, empenhadas, para que seja um desfile muito bonito”, comenta.

O anúncio da nova data continuou gerando comentários negativos por parte da comunidade devido aos inúmeros adiamentos ocorridos nas últimas semanas. Questionado sobre isso, Gonçalves afirmou que as críticas são naturais e afirmou ter ciência que a decisão “foi o melhor caminho”.

Participação das escolas

Acatada através de votação pela maioria dos presentes, a escolha da nova data não assegura a participação das instituições no desfile cívico. Nossa reportagem conversou com a diretora da Escola Municipal Professor Bernardino Tatu, Eliana Colina, que destacou que o educandário se fará presente na ocasião apenas se houver concordância por parte do corpo docente. O assunto deverá ser tratado em uma reunião nesta quarta-feira, dia 18. 

Uma situação semelhante deverá ocorrer na Escola Estadual Heloisa Louzada. Segundo a diretora da instituição, Carla de Oliveira, uma consulta será promovida junto à comunidade escolar para decidir se todos os discentes irão desfilar ou apenas a banda, seguida por uma parcela representativa do educandário. 

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