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Golpe por chamada de vídeo no WhatsApp coloca usuários em risco

Um novo golpe que circula pelo WhatsApp tem usado o recurso de compartilhamento de tela para obter acesso a informações sigilosas e roubar contas de usuários, sem a necessidade de instalar aplicativos maliciosos ou arquivos suspeitos.

A fraude foi detectada pela equipe de Inteligência de Ameaças da ISH Tecnologia, responsável por monitorar riscos cibernéticos e analisar ataques contra empresas, conforme divulgado pelo portal Techtudo.

O esquema se baseia principalmente em engenharia social — estratégia que combina manipulação e tecnologia para induzir pessoas a fornecer dados confidenciais.

Como o golpe acontece
Os criminosos entram em contato por meio de uma chamada de vídeo realizada por um número desconhecido. Eles se passam por atendentes de suporte técnico, setores antifraude de bancos ou até por familiares. Com a câmera desligada ou desfocada, dificultam a identificação.

Em seguida, criam um clima de urgência, afirmando que há uma cobrança indevida, uma invasão na conta ou o risco de bloqueio do aplicativo.

Como suposta solução, o golpista solicita que a vítima compartilhe a tela do WhatsApp ou instale aplicativos de acesso remoto, como o AnyDesk. A partir desse momento, o criminoso passa a visualizar todas as ações realizadas no celular.

Com o acesso, é possível capturar senhas digitadas, códigos recebidos por SMS, dados bancários, informações de cartões e qualquer notificação exibida na tela. De posse desses dados, os fraudadores assumem contas de WhatsApp, realizam transações financeiras indevidas e utilizam o perfil sequestrado para aplicar novos golpes em contatos da própria vítima.

Sinais de alerta
Como o método não envolve envio de links suspeitos, a principal defesa é reconhecer comportamentos estranhos, como ligações inesperadas, pedidos de compartilhamento de tela ou orientações vindas de números desconhecidos.

“Esse tipo de golpe é especialmente perigoso porque se apoia na confiança e na urgência. Ao compartilhar a tela, a vítima entrega ao criminoso acesso total a códigos de autenticação, senhas e notificações em tempo real”, afirmou Hugo Santos, diretor de Inteligência de Ameaças da ISH Tecnologia, em entrevista ao Techtudo.

Como se proteger
Para reduzir o risco, especialistas recomendam:
• nunca compartilhar a tela do celular com desconhecidos;
• não repassar senhas, tokens ou códigos de verificação;
• confirmar orientações apenas por canais oficiais;
• ativar a verificação em duas etapas no WhatsApp;
• manter o sistema do celular e os aplicativos atualizados.

Com essas medidas, usuários podem diminuir significativamente as chances de terem suas contas invadidas ou dados roubados.

Fonte: techtudo.

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