Ações da BM e prefeitura dividem opinião da comunidade. E você o que pensa a respeito?
Diante de ocorrências de aglomerações, brigas e descumprimento de medidas, Executivo, Ministério Público e Brigada Militar realizaram ações em áreas centrais

Ocorrências protagonizadas por milhares de pessoas, notadamente no centro de Dom Pedrito chamaram a atenção da comunidade pedritense recentemente. Além das brigas, aglomerações nas ruas centrais e outras em zonas mais periféricas, o som alto de alguns veículos completou o quadro de insatisfações e críticas de muitos.
Levando em conta a repercussão que o fato tomou, a prefeitura de Dom Pedrito, o Ministério Público e a Brigada Militar, considerando que a continuidade dessas ocorrências poderia gerar risco de aumento dos casos de Covid-19 no município considerou que um “sirenaço” nos principais locais de aglomeração seria uma alternativa para tentar fazer com que o público, em sua maioria jovens, debandasse para casa.
A Brigada Militar e fiscais da prefeitura formaram uma falange de homens e mulheres bem intencionados, mas que, por estarem em número muito reduzido, pouco puderam fazer, muito embora algumas abordagens, verificações e fiscalizações tenham sido feitas.
De um lado, uma parcela da comunidade cobra que as autoridades façam alguma coisa para coibir o descumprimento de medias ainda vigentes. Do outro, estão aqueles que não concordam com a forma que o combate à pandemia vem sendo tratado, as pessoas que se sentem no direito de estarem nas ruas e por aí vai.
Se é certo que as pessoas possuem o direito constitucional de ir e vir, é preciso reconhecer que o período é de pandemia, de incertezas e, portanto, vivemos sob a influência de tempos diferentes, que precisam de um comportamento também diferente.
Fato é que o cenário da pandemia em Dom Pedrito que vinha em uma tendência de estabilidade e até queda, voltou a preocupar com o número de casos ativos subindo muito. Se esses números são resultado do comportamento da comunidade que vem a cada dia retomando suas atividades sociais, é prematuro para afirmar, porém a coincidência está aí.
Se no inverno a imunidade da população fica prejudicada por causa das baixas temperaturas, até aquele momento, as aglomerações não eram um problema real. Já com a chegada das temperaturas mais altas, teoricamente a condição de saúde fica favorecida, principalmente em relação às doenças respiratórias, mas é uma época em que costumeiramente as pessoas costumam passear no centro da cidade, o que pode ser um fator complicador e que pode gerar um aumento no número de casos, como vem ocorrendo na Europa, por exemplo.
Em meio a tudo isso surgem até movimentos anti-vacina, referência à opinião de alguns governantes sobre a origem da vacina (chinesa) que está com maiores chances de ser adquirida pelo Brasil.
Teorias de conspiração á parte, é preciso reconhecer que os brigadianos e funcionários da prefeitura são servidores no pleno cumprimento do seu dever e que a população, ao menos as pessoas de bem, devem respeitar e reverenciar o trabalho por eles desenvolvido.
O momento é delicado e cada um é chamado a dar sua contribuição, seja colocando sua pedra no edifício do entendimento ou cedendo um pouco para que o bem maior prospere.