Dom Pedrito – Gravuras de Armando Almeida foram doadas ao Museu Paulo Firpo
Aconteceu ontem (22), às 20h, no Salão Nobre da Prefeitura Municipal, a sessão solene de aniversário do Museu Paulo Firpo. Como já era esperado, o ponto culminante da comemoração foi à doação ao museu pela família de Armando Almeida, de um número significativo de gravuras do artista plástico natural de Dom Pedrito.
José Armando Vargas de Almeida, natural de Dom Pedrito, era graduado em Artes Plásticas pela UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e realizou diversos cursos, dentre os quais se destaca o de Litografia com Garo Andreasian, da Universidade do Novo México USA.
Armando também viajou a estudo na década de 80 pela Europa e dedicou-se ao ensino de xilogravura e de calcografia no Atelier Livre da Prefeitura de Porto Alegre, no instituto de Artes da UFRGS. Ele também ministrou curso de Gravura no Centro de Artes da antiga FuNBa (URCAMP) Bagé e foi Diretor do Museu de Artes do Rio Grande do Sul. O artista realizou várias exposições coletivas e individuais em inúmeras cidades gaúchas, em estados brasileiros e no exterior (Uruguai, Colômbia, Russia, Portugal, França, Japão, Egito e Estados Unidos). Em Curitiba, no estado do Paraná, Armando recebeu o Prêmio Poty Lazaroto, em Gravura, na 1ª Mostra Anual de Gravura.
Em Dom Pedrito, Armando Almeida, expôs em 1962, na Biblioteca Infantil Salzano Vieira da Cunha e no Dom Pedrito Country Clube e foi professor de desenho na Escola Estadual Nossa Senhora do Patrocínio. Suas gravuras, da série Construções de 1978, geram a empáfia dos senhores do mundo e o desespero dos explorados. Em suas obras, o artista normalmente desprezava os pormenores, mas era meticuloso no tratamento deles.
O maior mérito de Almeida em suas gravuras foi o toque de símbalo na enfadonha repetição de estereótipos em voga, pois valorizava a figura como portadora de um significado supra individual, e na capacidade de tematizar o cotidiano das multidões anônimas.