Dom Pedrito – Convênio entre Prefeitura e Santa Casa termina na próxima sexta-feira
O convênio que garante o funcionamento do serviço de Pronto Atendimento Médico (Pronto Socorro) em Dom Pedrito, firmado entre Prefeitura Municipal e Santa Casa de Caridade, expira nesta sexta-feira (28).
A responsabilidade pela manutenção do setor é do poder Executivo municipal, que entretanto não deseja criar um vínculo empregatício com os profissionais de saúde que ali atuam. A fórmula encontrada, e praticada há vários anos, é de a Prefeitura destinar os recursos necessários à instituição e esta, por sua vez, é a empregadora formal de médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e pessoal administrativo.
O provedor da Santa Casa, Luiz Carlos Moraes Costa, já anunciou que nestes dias terá uma audiência com o prefeito Lídio Bastos, onde apresentará suas razões para redimensionar o convênio, de forma a melhorar o atendimento ao público e, também, garantir condições mais favoráveis para a casa de saúde desempenhar a sua parte no acordo.
Entre os principais problemas que vêm sendo enfrentados, segundo Moraes, estão: a sobrecarga de trabalho dos médicos plantonistas, que atendem de 130 a 150 pacientes por dia, sendo difícil conseguir profissionais de outros municípios que aqui aceitem trabalhar pela remuneração oferecida; atraso no repasse dos valores mensais, pela Prefeitura, como verificados nos dois últimos meses, o que tem ocasionado que a Santa Casa pague os servidores do PS com sua receita e, depois, reponha aqueles valores em seu caixa quando é feito o depósito pelo Executivo; a necessidade de manter-se um segundo médico no Pronto Socorro, que atenda as consultas eletivas nos horários de pico, enquanto um segundo médico se dedica apenas às situações de urgência/emergência; a frequente falta de material de trabalho para os atendimentos, o que tem ocasionado que a Santa Casa ceda produtos de seu próprio estoque e, depois, os reponha à medida em que chega o fornecimento pela Prefeitura.
O provedor, entretanto, garante que os serviços do Pronto Socorro não serão interrompidos e que, na pior das hipóteses, se não houver a renovação do convênio de imediato, pelo menos será procedida uma prorrogação do mesmo por mais 90 dias enquanto as condições são renegociadas.