Remoção de pacientes para outras cidades gera polêmica

Na manhã de sexta-feira (25), a reportagem da Qwerty Portal de Notícias tomou conhecimento sobre reclamações de alguns parentes de pacientes internados na Santa Casa de Dom Pedrito que precisaram ser removidos para outras cidades devido a seu estado de saúde e ser cogitado o fato de terem que alugar ambulâncias de uma empresa particular por não haver disponíveis veículos da prefeitura para a viagem.

De posse dessa informação e, em parceria com a reportagem do Jornal Ponche Verde, fomos em busca de esclarecimentos sobre os fatos.

Secretária de Saúde

Em conversa com a secretária de saúde, Ivanúcia Severo, ela narrou que algumas pessoas procuraram a Secretaria comunicando que teriam sido informados na Santa Casa de que não haveriam ambulâncias disponíveis na para remover os pacientes. Ela ainda ressalta que, no momento em que foi procurada por essas pessoas, as ambulâncias estavam todas no estacionamento prontas para o uso.

Ivanúcia ainda relata que não houve nenhum contato por parte da Santa Casa para que deslocassem ambulâncias para remoções de pacientes, e que as duas remoções narradas por ela acabaram sendo feitas pelo município.

A secretária afirma que, o que a chamou atenção foi o fato de ser citado que não haveriam ambulâncias disponíveis quando, segundo ela, haviam quatro veículos à disposição. Outro fato narrado por ela, foi que após uma ambulância ser solicitada para uma remoção de paciente, acabou sendo dispensada por não haver um médico disponível para a remoção, dizendo que o Doutor Ary Neto estaria disponível somente após a meia noite, o que, segundo ela, causou uma certa indignação pois, se o médico estava disponível para uma remoção particular, também estaria para uma remoção pela Secretaria. Porém, a família do paciente pode escolher pagar por um atendimento particular. Entretanto, Ivanúcia esclarece que a Secretaria de Saúde disponibiliza a remoção gratuitamente para os pacientes.

A secretária destaca que a Secretaria de Saúde possui médicos, técnicos em enfermagem e motoristas capacitados para qualquer remoção.

Doutor Ary Neto

Já na manhã de terça-feira (29), mantivemos contato com o doutor Ary Neto, responsável técnico pela empresa que possui as ambulâncias que fazem as remoções particulares dos pacientes.

Ele relata que, o problema das ambulâncias do município é que não possuem suporte necessário para a remoções de pacientes graves. Segundo ele, o fato de existir uma ambulância disponível não significa que ela tenha condições de fazer todas as remoções necessárias. Ele ainda afirma que a ambulância disponibilizada pela secretaria em um dos casos, não tinha suporte para a remoção de pacientes de UTI, pois existem diversas normas técnicas quanto à isso.

O médico ainda relata que, todos os meses realiza diversas viagens pela prefeitura, porém destaca que outro problema enfrentado é o fato de não existir nenhum plantão para remoções de pacientes graves, o que precisa ser resolvido, pois não existe nenhuma vinculação de sobreaviso para os profissionais estarem à disposição para as remoções, ele destaca ainda que não possui vínculo nenhum com a empresa na qual ele presta serviços, senão o cargo de responsável técnico pelas condições das ambulâncias.

Citanado ainda que existem dois tipos de ambulâncias: as avançadas, que necessitam da presença de um médico para uma viagem e as básicas, que na maioria das vezes viajam apenas com um técnico em enfermagem. O que determina é a gravidade do paciente. Ele adianta que um dos primeiros projetos a serem apresentados para o prefeito eleito Mário Augusto será para adquirir um ambulância UTI móvel para a Secretaria de Saúde.

O médico afirma que reuniu-se com o prefeito Lídio Bastos e com o secretário de saúde na época, Raul Zanolete, para tentar firmar uma parceria, pois havia essa deficiência de remoções de pacientes em estado considerado grave e a empresa que fazia essas remoções cobrava um preço alto para tal; porém, não foram mais procurados pelo administrativo para nenhum acordo.