Pandemia x aglomerações – Como ficam os decretos municipais?

A noite deste domingo (11) registrou uma cena que espanta os que ainda cumprem as recomendações das autoridades de saúde – em plena pandemia, centenas de pessoas, em sua maioria jovens, lotaram o centro da cidade. Sentados em volta da Praça General Osório, andando nas ruas centrais, em quase sua totalidade sem máscaras.

O tema é polêmico e divide opiniões desde o início da pandemia. O direito constitucional de ir e vir tolhido momentaneamente pelos decretos estaduais e municipais agrada a muitos e causa indignação a outros tantos.

Em meio a tudo isso existem alguns fatos que não se podem ignorar: 1- existem determinações que não estão sendo cumpridas; 2- a fiscalização municipal irá punir todas essas pessoas? Caso um novo surto apareça, quem será responsabilizado? O governo municipal, a população, ou o comércio, mais uma vez?

Outras perguntas surgem em razão de cenas como a que foi registrada hoje (11) – de que adiantam decretos e punições para quem descumpre essas regras? De que valem medidas de higiene para entrar em estabelecimentos comerciais se uma parcela da população não está “nem aí” para as medidas recomendadas?

Não é demais lembrar que países da Europa revivem o drama de novas ondas de Covid-19 depois que muitas atividades foram retomadas e é fato que os jovens detém uma parcela maior de responsabilidade nesse cenário, uma vez que são eles que se expõe mais.

Quem está certo e quem está errado, fica cada vez mais difícil de saber, uma vez que não há consenso nem mesmo entre os infectologistas.