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Não vacinar crianças é o mesmo que alegar que os aviões caem

Tempos difíceis são os que vivemos, mas se não há bem que nunca se acabe, também não há mal que sempre dure. Confiemos!

O tema é polêmico, gera discussão, e por isso mesmo merece esclarecimento, reflexão e informação. Muitas pessoas, pais ou não, decidiram não vacinar seus filhos contra a Covid-19, notadamente os que pertencem à faixa etária dos 5 aos 11 anos, sob a alegação de que a vacina não é obrigatória; de que os laboratórios não se responsabilizam por qualquer efeito colateral que venham a apresentar.

E essa bandeira travestida de verde amarelo tem sido levantada bem alto por alguns, como no caso de um empresário de Novo Hamburgo que recentemente contratou dois carros de som para disseminarem as mensagens anti-vacina. Os veículos foram filmados por moradores e após serem abordados pela guarda municipal daquela cidade foram apreendidos.

No alto-falante era transmitida a seguinte mensagem;

“Atenção, pais. Nós todos temos o dever de saber que não é obrigatória a vacina experimental em nossos filhos. As escolas não podem exigir e muito menos impedir o acesso de nossos filhos às salas de aula por não terem feito a vacina. E os fabricantes não garantem a eficácia e não se responsabilizam pelos efeitos colaterais, tendo em vista que muitos tiveram problemas”. 

Bolsonarista e financiador de campanhas políticas alinhadas ao presidente da República, Hugendobler é proprietário de lojas de autopeças no Vale do Sinos. Ele também foi pré-candidato a vereador pelo PRTB nas últimas eleições, mas não chegou a concorrer. Em tese, tanto os motoristas que divulgaram as mensagens anti-vacina como o empresário podem responder por apologia ao crime. No caso, infração de medida sanitária preventiva, com base no artigo 268 do Código Penal (infringir determinação do poder público, destinada a impedir a introdução ou propagação de doença contagiosa). 

Em tempos difíceis como o de pandemia em que vivemos, não vacinar as crianças sob a alegação de que pode ser prejudicial, é como alegar que aviões caem, e por isso devem ser evitados. Tanto em um como no outro caso, os benefícios são infinitamente superiores aos riscos que por ventura apresentem e portanto evita-los é comprovadamente ilógico.

Tempos difíceis são os que vivemos, mas se não há bem que nunca se acabe, também não há mal que sempre dure. Confiemos!

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