Moradora encontra cobra em baixo de vaso de flores
Com suspeita de ser uma Cruzeira, ela procurou nossa reportagem. Veja o que a Bióloga Anabela Deble disse a respeito

Na terça-feira (15) uma moradora do Bairro Moacyr Dias, próximo da antiga Cotrijui, teve uma surpresa que a deixou preocupada. Durante suas atividades em casa, encontrou debaixo de um vaso de flores um filhote de cobra. Assemelhando-se muito com uma cruzeira, cobra presente em vários biomas brasileiros e conhecida pelo seu veneno mortal, ela capturou o animal e colocou-o em um recipiente de vidro.
A moradora entrou em contato com a reportagem da Qwerty para saber se realmente se tratava da tão temida cobra peçonhenta. Recorremos mais uma vez aos préstimos da professora Anabela Silveira de Oliveira Deble, Bióloga, Dra. Prof. do Curso de Ciências Biológicas e Gestão Ambiental da Urcamp.
Anabela disse que embora se pareça bastante com uma cruzeira, o animal encontrado se trata na realidade da falsa cruzeira, cobra que atinge um tamanho bem menor, cerca de 60 cm a 70 cm. Seu nome científico é Tomodon ocellatus, tem a dentição opistóglifa, diferente da cruzeira, ou seja, seus dentes ficam próximos da garganta. Costuma se alimentar de lesmas e é bastante comum na nossa região por causa do Rio Santa Maria.
Outras características

Elas tem a coloração dorsal com fundo claro e linha dorsal amarelada. Ao longo desta linha se alternam manchas escuras semi-circulares. Possuem dificuldades em morder, geralmente errando a pontaria da mordida. São conhecidas como “espada” porque costumam achatar-se contra o chão de modo a ficarem planas.(isso explica a moradora tê-la encontrado embaixo de um vaso de flores). Também possuem a linha preta atrás dos olhos, imitando uma jararaca. São Vivíparas, isto é seus filhotes são paridos, diferente das cobras que pões ovos), e sua reprodução ocorre entre os meses de novembro e dezembro, dando à luz até oito filhotes que nascem entre fevereiro e dezembro. É classificada como semi-peçonhenta. Possui atividade diurna e noturna, habitando campos abertos e locais próximos a água.