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Guarda Municipal de Bagé deve ser criada até o final do ano

Os bageenses devem ganhar reforço de segurança até o final de 2017. Ao menos esta é a expectativa do prefeito Divaldo Lara, que projeta, ainda para este ano, o funcionamento da guarda municipal.

Na tarde de ontem (06), aliás, ele recebeu em seu gabinete, o coordenador do Núcleo de Segurança Cidadã da Faculdade de Direito de Santa Maria (Fadisma), Eduardo Pazinato; a professora das Faculdades Ideau, Quélen Kopper; o secretário de Segurança e Mobilidade Urbana, Paulo Véras Simões Pires e outras autoridades, para tratar do assunto.

Conforme Pazinato, a ideia da reunião foi compartilhar boas práticas sobre o tema. “A Fadisma é a instituição responsável pelo projeto em mais de 20 municípios e formamos mais de 800 guardas. É importante o município integrar uma força de segurança, junto às forças policiais”, salienta. Ele explica que a situação para criar esse órgão na cidade é favorável. “Tem alguns desafios. Mas aqui já existem as bases. Há um Gabinete de Gestão Integrada (GGI), tem a carreira de vigilante, vigias e rondas, que, através de projetos de lei, podem ser alinhados para o cargo”, completa.

Ressaltando que a cada 500 ou mil habitantes, deve haver um guarda, ele estima que se Bagé tiver de 50 a 80 profissionais capacitados, já será o suficiente. “Eles podem, além de proteger o patrimônio físico, inserirem-se na regulação e mobilidade urbana e contribuir na prevenção de violência nas escolas. Eles têm o poder de polícia administrativa”, relata.

Parceria
Pazinato explicou que o treinamento dos servidores que devem ser destinados ao cargo será realizado em parceria com a Ideau. “A iniciativa do projeto é pioneira na região. Segurança está ligada intimamente com desenvolvimento. O que define a guarda não é um armamento. Para poder armar uma guarda necessita-se de profissionais formados na matriz curricular nacional de guardas municipais”, comenta.

O prefeito, por sua vez, enfatizou que será necessário agregar conhecimento e valores ao projeto.“Temos que trabalhar de forma integrada e cooperativa para apresentar uma proposta que se viabilize. Em breve, formaremos uma equipe de trabalho com outras instituições, como Brigada Militar e Polícia Civil e, também, representantes da comunidade. Vamos discutir prazos e um cronograma de trabalho e captação de recursos”, explica.

Uma guarda municipal, segundo salientou, necessita de fardamento completo, como calça e camisa azul-marinho, coturnos, tonfa (bastão), spark ou taser (armas não letais), spray de óleo vegetal ou pimenta, viaturas (carros leves) e motocicletas. Ou seja, serão necessários recursos.

Perspectivas
Lara informa que, assim, deve ser usado o efetivo que a prefeitura disponibiliza. “Concurso não é viável. Vamos capacitar e motivar nossos servidores. Isso irá aumentar as responsabilidades, porém aumenta a remuneração. Temos, entre rondas e vigias, cerca de 180 servidores, mais 27 agentes de trânsito. São mais de 200. Temos um efetivo excelente para montar a guarda. Claro que teremos que realizar uma seleção e buscar os mais preparados”, reconhece.

O chefe do Executivo disse que “ter disponível os guardas municipais em Bagé será um avanço no que se refere à prevenção e ao cuidado do patrimônio público. O trabalho está acelerado. Temos um roteiro a seguir. Tem todo um processo que vai obedecer a etapas”.

Ele ressalta que, com o serviço, a cidade terá redução nos delitos de pequeno e médio porte. Referente ao custo para a criação de uma guarda municipal, o prefeito afirmou que ainda não tem o valor, mas que esse não será o principal desafio. “As leis, a normatização e a mobilização de mão de obra e o efetivo treinamento talvez sejam os maiores obstáculos”, encerra.

Folha do Sul

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