Estamos nos encaminhando para o fim da pandemia?
Com números apresentando tendência de queda, os pedritenses já podem esperar um final de 2021 mais perto da normalidade?

Começamos essa crônica com duas indagações: o título e o subtítulo refletem um anseio antes de tudo, de que a vida volte ao normal. Há, entretanto, os que dizem que nada será como antes, e neste ponto é de se concordar. Nada pode continuar como no passado. Vivemos cada dia construindo o nosso amanhã, com vistas a ser mais adiante, melhor do que se era antes. E é nesse sentido que concordamos que da pandemia deveremos sair não necessariamente melhores, mas mais adaptados, com mais conhecimento e entendimento sobre o sentido da vida.
Com a vacinação avançando, não no ritmo que gostaríamos, mas avançando, já vemos os resultados – o número de casos ativos é o menor em semanas; as internações também diminuíram, tanto na área de isolamento quanto na UTI da Santa Casa de Caridade de Dom Pedrito. É ou não é animador? Já podemos esperar que a pandemia esteja se encaminhando para o final a ponto de nos ver quais alguns países da Europa, em que nem máscara é exigida mais?
Não é possível afirmar com segurança. Que a pandemia vai terminar em algum momento, isso é certo, mas não sabemos se o vírus continuará circulando. Com tantas mutações sofridas, nem os cientistas podem prever como estaremos daqui a algum tempo.
Mas a nossa parte mais humana não consegue se conter, e sonha, aspira que em breve possamos nos abraçar sem medo, festejar com a casa cheia de amigos e familiares. Os números sugerem que podemos estar nos encaminhando para uma situação mais favorável.
Hoje não queremos mencionar culpados, tampouco heróis da pandemia. Queremos levantar a bandeira da esperança em dias melhores e desejar força para as milhares de famílias que perderam seus entes para o vírus. O momento é de sonhar, mas também de ter cautela. Assim como no futebol, em que “o jogo só acaba quando termina”, precisamos continuar firmes, cada um fazendo a sua parte e, quem sabe, possamos chegar ao final de 2021 olhando para trás e dizer: “Ufa, passou. Estou aqui”.