Pandemia de Covid-19 completa dois anos
Mais de 450 milhões de casos da doença foram registrados no mundo

Era uma quarta-feira, dia 11 de março, quando a OMS (Organização Mundial da Saúde) declarou que a Covid-19 era uma pandemia —em meio a algumas críticas de que a entidade havia demorado para chegar a essa conclusão. Dois anos depois, mesmo com vacinas disponíveis, pelo menos para parte do mundo, o planeta vê as maiores médias móveis de casos de toda a pandemia e ainda níveis grandes de mortes associados à superinfecciosa variante ômicron.
Em janeiro deste ano, a ômicron levou à média móvel mundial de casos a inimagináveis 3,4 milhões de pessoas infectadas por dia. Em dezembro de 2021, a variante já tinha elevado o patamar de infecções para mais de 1,3 milhão de casos. Os maiores valores anteriores ficavam na casa das 700 mil ou 800 mil infecções diárias, como em abril e maio de 2021.
A boa notícia em meio ao tsunami de infecções é a quantidade um pouco menor de pessoas mortas pela doença. No pior momento da ômicron (até aqui), a média móvel de mortes pela Covid no mundo ficou pouco acima de 10 mil óbitos por dia. Em janeiro, abril e maio do ano passado, os valores ficavam próximos às 15 mil mortes por dia.
O Brasil, por exemplo, no primeiro semestre de 2021, era acossado pela variante gama, com mais de 70 mil casos por dia e médias de mortes acima de 2.000 e até 3.000, além dos colapsos de sistemas de saúde.
Já em 2022, mesmo com recorde absoluto de média móvel de casos, que chegou a 188.451 por dia em 31 de janeiro, a média de óbitos não chegou a cruzar a linha das 900 vidas perdidas por dia —um número de perdas, porém, ainda elevado.