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Acordo garante continuidade do atendimento de quimioterapia em Bagé

O acordo entre Santa Casa e Unacon ampliou a vigência em três anos e meio do contrato do hospital com a unidade

Conforme o Jornal Folha do Sul, de Bagé, após semana tensa, com realização de protestos, manifestações de repúdio na imprensa e declarações polêmicas, foi firmado acordo entre Unidade de Oncologia de Alta Complexidade (Unacon) e Santa Casa de Caridade de Bagé para dar continuidade aos serviços de quimioterapia para pacientes da região. A audiência entre as partes aconteceu sexta-feira de manhã, no Foro da Comarca local, mediada pelo juiz Humberto Moglia Dutra, junto ao promotor de Justiça, Marcos Ferraz Saralegui.

O acordo entre Santa Casa e Unacon ampliou a vigência em três anos e meio do contrato do hospital com a unidade e mantém a sustentabilidade financeira do serviço, com garantias para ambas as partes e segurança de que a população não ficará sem atendimento. Conforme o provedor da Santa Casa, Aírton Lacerda, a parcela revertida ao hospital para a utilização do espaço permanece em torno de 20% dos repasses vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS), além da quitação dos débitos da Santa Casa com a Unacon em 60 meses. “Financeiramente, foi bom para as duas partes e garante a manutenção dos serviços”, afirmou. No contrato anterior, a Unacon, que encerraria a parceria com o hospital em dezembro de 2020, teve a garantia de manter o serviço em funcionamento até dezembro de 2022. “O atendimento será mantido na íntegra e vai proteger o bem maior, que é a saúde das pessoas de Bagé e região que precisam de tratamento oncológico”, disse o diretor geral da Unacon, José Dionísio Becker.

O impasse foi resolvido após a rodada de negociações, onde Lacerda e Becker frisaram à disposição para encontrar o consenso. “Fizemos uma proposta para acerto, a direção da Santa Casa cedeu em algumas questões e nós (Unacon), em outras. Com isso, construímos de forma clara, direta e objetiva, um novo acordo que dá a tranquilidade de seguir trabalhando”, frisou Becker.

A notícia da prorrogação do contrato foi bem recebida pelos trabalhadores da saúde, que realizaram 32 atendimentos de quimioterapia intravenosa no dia anterior. “Foi um alívio para nós”, disse a enfermeira Kerolin Hartwig. Ela e a enfermeira Carla Centena Guariente atendem até 19 pessoas em tratamento de quimioterapia intravenosa – em 16 poltronas e três leitos, com bolsas de medicamentos preparadas pelo farmacêutico João Giorgis Filho. “Não passou pela cabeça de ninguém parar com os serviços”, disse Becker.

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