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Dom Pedrito – Pedritenses participam de manifestação em Porto Alegre

Servidores do Estado que trabalham em Dom Pedrito, na Polícia Civil e na Susepe (Superintendência dos Serviços Penitenciários), estiveram em Porto Alegre durante o dia de ontem, terça-feira (7), para manifestar por melhores condições de trabalho. 
Representando a Polícia Civil, os inspetores Rodrigo Uber, Lauro Telles e Patrício Antunes estavam presentes no ato. Já pela Susepe, os agentes penitenciários, Tiago Batista Duarte, Maurício Freiras, Janaína Antunes e Rogéria Machado também estavam presentes. 

A manifestação reuniu policiais da Brigada Militar e da Polícia Civil, agentes da Susepe e funcionários do Instituto-Geral de Perícias (IGP). Segundo estimativa da própria Brigada Militar, o ato reuniu cerca de 9 mil pessoas. As categorias exigiram melhores condições de trabalho e protestaram contra o projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) do governo de José Ivo Sartori, que seria votado nesta terça na Assembleia. A votação acabou adiada em razão da morte de um funcionário.

Opinião sobre os manifestos:
Tiago Batista Duarte – Agente Penitenciário
Tenho certeza que essa manifestação foi de grande importância para a garantia de termos nossos direitos já previstos em lei respeitados. O recado já foi dado, demos uma pequena demonstração da força resultante da união das entidades da Segurança Pública. Pelo levantamento realizado pela Brigada Militar, cerca de 12 mil servidores compareceram no ato. 

Objetivos: o principal é não deixar a Assembleia aprovar a LDO(lei de diretrizes orçamentárias) que não prevê aumentos em 2015; e a PEC 206/2015 que se fosse aprovada, trancaria o cumprimento da tabela de reajustes que temos já definidos e escalonados com pagamentos em maio e novembro, até o final de 2018. Sem contar, é claro, em manter o número mínimo de promoções anuais, assim como o investimento em mais segurança e condições de trabalho.Mas já conseguimos um grande avanço, pois nos foi anunciando que o governador aceitou, pelo menos por enquanto, em pagar os reajustes já previstos em lei, e alterar artigos da PEC 206, que eliminaria de vez nossos aumentos até 2018.

Lauro Telles – Inspetor de Polícia
As policias foram deixadas em segundo plano por várias administrações estaduais, assim como os professores e outras categorias, enquanto alguns privilegiados inham as torneiras abertas o tempo todo. Depois de muita luta e boa conversa com o último governo estadual, as categorias do funcionalismo mais abandonadas foram finalmente reconhecidas e receberam uma parte dos incentivos a que faziam jus, e isso agora quer ser revisto por um governo que sequer quer conversar com seu funcionalismo.

Temos consciência que as finanças do estado não andam bem, mas não por culpa do funcionalismo, mas pela má gestão de tantos governantes que sabiam privilegiar apenas uma parte da máquina publica. Nossa indignação é com o descaso e com a falta de boa vontade de políticos que não entendem que "chão de fábrica" do funcionalismo é quem carrega nos ombros o estado, e que são quem suporta o flagelo dos salários defasados e mal distribuídos.

O resultado da manifestação
O governo do Rio Grande do Sul concederá em novembro deste ano o segundo reajuste previsto para os servidores da segurança pública – o primeiro, em maio, foi cumprido. A garantia é do chefe da Casa Civil do Rio Grande do Sul, Márcio Biolchi, que recebeu na tarde desta segunda-feira (7) representantes das categorias de servidores da segurança pública no estado.

“Vamos reconhecer a integralização na folha de novembro mesmo sem ter a garantia de fazer esses pagamentos em dia como fizemos em maio. No mês de maio, foram R$ 28,9 milhões a mais pagos para o servidor da segurança pública. Vamos repetir isso pela importância que tem e por reconhecer o desnivelamento que existe em relação a outros estados da federação na área de segurança", disse Biolchi. 

Reportagem: Elliézer Garcez e Marcelo Brum
Setor de jornalismo: [email protected]

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