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ETARISMO, uma herança infantil ou maldade pura?

Pode parecer obvio para a maioria das pessoas (ainda bem), que cultivar o maior número de virtudes é algo positivo e representa um avanço no processo evolutivo de todo o ser humano. A despeito disso, existem, é bem verdade, pessoas que apesar da idade, não alcançaram a maturidade que se espera de quem já não vive mais na infância.

O assunto etarismo voltou à pauta nacional nos últimos dias depois que três alunas do curso de biomedicina da universidade Unisagrado, em Bauru, interior de São Paulo, debocharam de uma colega. O motivo: ela tem mais de 40 anos. O vídeo compartilhado em um grupo vazou e viralizou, a ponto de ganhar destaque nos noticiários de todo o país.

As meninas que em sua infantilidade, para dizer o mínimo, talvez se considerassem superiores à colega a quem qualificavam de velha. Coitadas. Por ignorância, quero crer, desatualizadas e despreparadas para a realidade atual, colheram o que plantaram. Eu mesmo que completo 44 anos no mês que vem, e que cursando faculdade pela primeira vez, quase desisti do curso. Brincadeira. Mas falando sério, a parte onde falo da idade e do curso superior é verdade.

Nós não deveríamos nos surpreender, afinal a ignorância campeia em vários setores da sociedade. O que me surpreende, contudo, é ver três jovens nascidas em plena era da tecnologia, em um tempo de abertura social, manifestar um pensamento tão retrógrado, e este sim, velho e ultrapassado.

Felizmente, para o incentivo da aluna que tentaram esculachar, o Brasil em peso a apoiou. Foram inúmeras as mensagens de apoio que ela recebeu dos quatro cantos do país.

Quanto às três alunas. Desistiram do curso. Este foi um primeiro passo em busca de suas dignidades. São jovens e a mudança de pensamento nunca é tarde. Já estão pagando pelo ato impensado, mas torço para que suas vidas sejam vitoriosas e consigam evoluir como pessoas a ponto de suas virtudes futuras cobrirem esta mancha escura de suas trajetórias.

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