Caso Lucas – Conselho de Sentença entendeu que os réus não tiveram intenção de matar
Em um júri com momentos de discordância entre Ministério Público e defesa dos réus, Alex Mena Lencina e Aírton Willian de Oliveira Pimentel livraram-se da cadeia na noite de ontem

O caso era um dos mais aguardados dos últimos anos. O atropelamento brutal de Lucas Correa Peres ocorrida na noite de 13 de setembro de 2013 e a sua morte registrada dois dias depois, em Bagé, para onde fora transferido, chocou a comunidade pedritense. De lá par cá, a acusação indiciou Alex e Airton com coautores no fato que culminou com a morte de Lucas. Da parte dos acusado, foram muitos recursos interpostos por seus advogados e por isso a julgamento acabou demorando cinco anos para acontecer.
A Qwerty Portal de Notícias acompanhou todo o julgamento e mostrou passo a passo todas as informações direto do Salão do Júri.
As perguntas aos jurados. Lembrando que quando uma das respostas “sim ou não”, somam quatro votos, os demais são desconsiderados:
1ª pergunta: alguém atropelou Lucas? Os 4 primeiros votos consideraram que sim
2ª pergunta (autoria e participação): por 4 votos a 1 os jurados consideraram que Alex teve participação no fato e Airton, por 4 votos também teve sua participação confirmada, no entendimento dos jurados
3ª pergunta (dolo): por 4 votos a 2, os jurados entenderam que, nem Alex, nem Airton, tiveram ou assumira a intenção de matar Lucas, quando disputavam um “raxa” em 13 de setembro de 2013.
Sobreveio a sentença. Diante do entendimento do conselho de sentença da comunidade pedritense, o juiz aplicou a pena de três anos de reclusão em regime aberto e a suspensão do direito de dirigir por dois anos. Airton também teve a pena de três anos em regime semiaberto e suspensão do direito de dirigir por quatro anos. Como não há trânsito em julgado, os dois poderão recorrer em liberdade.
O desfecho foi claramente diferente do que a maioria das pessoas esperava, que previam que Airton e Alex seriam condenados a uma pena mais severa. Nossa reportagem conversou com Priscila Correa Peres, a mãe de Lucas, que nos contou suas impressões depois de passados cinco anos da morte do filho e o sentimento de finalmente ver no banco dos réus os dois acusados de causar a morte de seu filho.
Reveja em imagens todas as fazes do julgamento:
Réus prestaram seus depoimentos

MP tenta convencer os jurados da culpabilidade dos réus

Defesa expõe sua versão. Debates acalorados no Salão do Júri


Mãe de Lucas assiste da plateia o julgamento dos acusados de matar seu filho

Advogado de Airton Willian começa sua defesa


Terminam os debates e jurados deverão votar
