Dom Pedrito – Proprietário do Metrô fala sobre espancamento de família

O proprietário da casa noturna Metrô, Paulo Rodrigues, entrou em contato conosco na tarde de hoje (25), após diversas ligações de nossa reportagem no inicio da manhã. Paulo disse que ficou sabendo do fato após o término baile, afirmando que não concordava com a força excessiva utilizada pelos seguranças; mas que, devido ao tumulto iniciado pela família, o que culminou com agressões a sua esposa que trabalha na portaria, não houve outra saída naquele momento a não ser responder com a mesma energia.
“Os seguranças tiveram que agir, pois a família estava tumultuando devido a possível perda de um telefone celular dentro do salão. Tudo poderia ter sido resolvido de uma forma mais tranquila se a cliente tivesse solicitado que os proprietários ou os músicos divulgassem a perda do aparelho”, acredita o proprietário.
De acordo com Rodrigues, após serem retirados de dentro do baile, os integrantes da família foram agredidos na frente do local, pois alguns arrancaram galhos de árvores para revidar as agressões sofridas; o que não foi possível devido a ação dos seguranças. “Particularmente, não concordei com a truculência dos seguranças e não posso ser penalizado pela atitude dos mesmos, embora reconhecendo que muitas vezes há necessidade da força para conter a ação das pessoas envolvidas em brigas”, declarou.
Quanto ao nosso questionamento na notícia anterior, sobre o contato com a Brigada Militar para tentar conter o tumulto, Paulo disse que, “minha esposa entrou em contato com a Brigada Militar e foi informada que as duas guarnições estavam em atendimento” – fato este comprovado pela nossa reportagem, que acompanhou simultaneamente um furto qualificado atendido pelo GOE no qual resultou a prisão de três pessoas e uma outra guarnição que estava em atendimento em uma tentativa de arrombamento em um caixa eletrônico do Banco Itaú – impossibilitando um terceiro atendimento neste mesmo momento, motivo pelo qual fez com que Paulo fosse até o Esquadrão da BM registrar um boletim de atendimento pelo tumulto no baile.
“Vou fazer um remanejamento dos seguranças para os próximos eventos, afim de amenizar fatos como estes, pois preciso do público que lota semanalmente as dependências de nossa casa e que, indiretamente, são fundamentais para pagarem nossas contas; mas que fique claro que muitas vezes é necessário uma segurança atuante para que todos os frequentadores da casa se sintam seguros. Se não fosse isso, com certeza, já teríamos fechado as portas”, finalizou.
Sendo assim, o portal cumpriu o seu papel de ouvir as duas versões dos fatos.