Dom Pedrito – Um exemplo do voluntariado forma-se advogado aos 69 anos

A comunidade pedritense foi testemunha e se beneficiou, durante muitos anos, da trajetória pessoal e profissional de Arildo Joni de Souza, cidadão exemplar e referência em se tratando de trabalho voluntário, como integrante do Lions Clube, do qual foi presidente por duas vezes, e da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), que também presidiu, por um período de sete anos.
Joni nasceu em Cachoeira do Sul, no dia 22 de março de 1945. Aos 15 anos mudou-se para Porto Alegre com a família. Lá iniciou sua carreira militar e em abril de 1969 foi transferido para Dom Pedrito pelo motivo da transformação do quartel de Cavalaria Hipo para Cavalaria Mecanizada. Aqui, em 1974, casou-se com a pedritense Sônia Maria Garcez Corrêa, com quem tem três filhos: Karina, Letícia e Gustavo, e dois netos: Marcelle e Arthur. No mesmo ano do casamento, voltou a trabalhar em Porto Alegre. Mas, depois de ir para a Reserva do Exército, retornou a Dom Pedrito e aqui se estabeleceu.
Em 2009 decidiu tentar o vestibular para Direito, na UCPel (Universidade Católica de Pelotas). Para a alegria de toda a família foi aprovado e passou a morar em Pelotas. "Foram cinco anos de muitas experiências, convívios, dificuldades e realizações", conta Joni. E este é o principal motivo de nosso registro, afinal, não é todo dia em que um cidadão com 69 anos de idade se forma em um curso superior. Pois no dia 20 de dezembro passado chegou o grande dia da formatura. Feliz por mais uma etapa concluída, mas pensativo sobre ter novamente resolvido fixar residência em Caxias do Sul, junto às filhas e netos, deixando em Pelotas muitos amigos, Joni hoje considera-se em férias. "Mas, já estou pensando em me envolver e dar minha contribuição voluntária à Justiça Restaurativa. Afinal, fazer o bem faz bem", observa nosso amigo, a quem cumprimentamos efusivamente pela grande conquista.