Dom Pedrito recebe modernização de inspetoria
Um dos municípios com maior população bovina e umas das melhores carnes do Brasil, Dom Pedrito, na Região da Campanha, é também o que mais defende, em parceria com Governo do Estado, a rastreabilidade como medida eficaz no controle de doenças e busca por melhores mercados à exportação. No dia de ontem (05), a Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) entregou a modernização de uma Inspetoria de Defesa Agropecuária (IDA) e uma camionete para reforçar o serviço de fiscalização de fronteira.
A cidade também será contemplada com R$ 500 mil, mais 20% de contrapartida municipal, do projeto estadual de modernização de parques e feiras e valorização da pecuária, adiantou o titular da Seapa, Claudio Fioreze. "Atender bem o produtor e melhorar a autoestima dos nossos servidores são nossos compromissos. Aliado a isso, queremos elevar o status sanitário gaúcho e criar condições de competividade para que os produtos atinjam os mercados mais exigentes e que mais remuneram no mundo", destacou durante a inauguração da 132ª IDA.
Recuperação das estruturas públicas
Ao longo de três anos e meio, o Governo do Estado reestruturou não apenas a defesa agropecuária. Contratou mais de mil extensionistas à Emater; recuperou o protagonismo da Fundação Estadual de Pesquisa Agropeucária (Fepagro) com acréscimo de 150 servidores por concurso público, sendo 50 doutores alocados nas unidades do interior, onde não havia um pesquisador. No Instituto Riograndense do Arroz (Irga), instituiu o plano de cargos e salários e também, por meio de concurso público, chamou 137 servidores.
Cadeias produtivas
O trabalho em conjunto com o setor já fez aumentar em um milhão de litros a produção de leite no Estado, dentro da meta de duplicá-la em dez anos. A criação do Instituto Gaúcho do Leite (IGL), amplamente discutido na Câmara Setorial da Secretaria da Agricultura, combinada com os programas Prodeleite e Fundoleite, representará o antes e o depois do setor, projeta Fioreze.
Maior cadeia no âmbito econômico e social, o leite abrange 120 famílias, na maioria pequenos e médios produtores, seguida do fumo, com cerca de 90 mil. Por mês, a atividade se traduz num ganho certo. "Vamos duplicar, sim, a quantidade, mas com qualidade e, principalmente, sanidade", defendeu o secretário. Além das inspetorias, os seis postos de divisa passam por reformulações. Estratégicos na troca de informações sanitárias e fazendárias com Santa Catarina, por exemplo, são os caminhos para que os produtos gaúchos ganhem mercado em São Paulo e outras regiões. Na semana passada, os dois estados comemoraram em Torres, no Litoral Norte, a abertura pela primeira vez do corredor de passagem (sanitário) pela BR-101.
Com status sanitário mais elevado do que o RS, o estado vizinho relutou anos para atender ao pedido. “O que só foi possível graças aos investimentos que temos feito na defesa, o que nos levará, em breve, a outro patamar”. Nossa meta é, daqui um tempo, atingir o mesmo status catarinense de livre da febre aftosa sem vacinação, o único no País. Assim como eles, também queremos exportar para o Japão. Inclusive. Para poder comprar suínos de Santa Catarina, uma das exigências do país asiático era de que eles fizessem a rastreabilidade bovina. E fizeram".