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Dom Pedrito – Velhos e novos veículos da Imprensa sempre guerreira

Tive a honra de, na quinta-feira (24), receber a visita, a meu convite, do jornalista Marcelo Brum, que coordena o Portal de Notícias da Qwerty, em meu programa, que apresento diariamente pela Rádio Sulina.  A ideia era reproduzir o excelente trabalho feito pelo colega, entrevistando os inspetores Patrício Antunes e Lauro Telles, acerca dos assuntos recorrentes que estão em pauta ligados à Polícia Civil. 

 

Material este que está disponível neste site, mas que, daquela forma, poderia ser acessado através das ondas de rádio AM pelo peão de estância que está campereando com o radinho no bolso ou, também, por aqueles cidadãos que não possuem ainda acesso às informações do mundo virtual. 

 

Assim, a tecnologia de ponta da Qwerty esteve unida, nesse momento, ao velho e bom rádio que ainda continua sendo, como diz uma vinheta da Rádio Upacaraí, “o jornal de quem não sabe ler”, o entretenimento dos que não têm outra opção em termos de veículos de imprensa. Encontramo-nos e nos reencontramos, com cada vez maior frequência, aqui em Dom Pedrito, os que fazem da comunicação social um modo de vida, uma profissão a honrar, um ganha-pão a valorizar. 

 

Mais do que colegas e parceiros de jornada, amigos que conquistamos na labuta diária em que, com lamentável raridade, temos algo de bom a transmitir e comentar, mas cada vez com maior frequência, algo triste e trágico a reportar à comunidade à qual servimos. 

 

Neste contexto, pouco já importa o veículo em que trabalhamos. Trocamos ideias e informações, convidamo-nos a participar dos espaços uns dos outros, crescemos como gente enquanto compreendemos que estamos todos no mesmo barco e navegando no mesmo oceano em que podemos ser náufragos, individualmente, ou aportarmos, juntos, na mesma praia de entendimento e oportunidades. Estou há mais de 24 anos em Dom Pedrito, todos eles atuando na imprensa escrita, hoje no jornal Folha da Cidade, para mim um verdadeiro lar, já tendo passado pelos extintos O Pedritense e Mercado Rural e, ainda, pelo pioneiro Ponche Verde, firme ainda hoje aí nas bancas. 

 

E na imprensa falada, há mais de 20 anos, em que fui iniciado na velha escola da Rádio Upacaraí, onde trabalhei por três anos e meio, depois levando meu trabalho para a Rádio Sulina, pioneira na radiofonia, onde já contabilizo 17 anos no ar, ao todo somando quase 21 anos de microfone que completarei em agosto próximo. 

 

Faço questão deste depoimento: tenho Amigos, assim, com A maiúsculo, em todos esses torrões da imprensa, passando pela minha Sant’Ana do Livramento, idos em que a panela preta ferveu graças a veículos como Jornal da Semana e A Plateia, a quem servi e onde aprendi muito do que sei, embora também sabendo que o que sei ainda é pouco perto do que tenho que aprender. Quando digito – como se dizia no passado – “estas mal traçadas linhas, anseio que o dono do portal, o professor Marcos Brum, mais um chefe dos tantos que este índio possui nas quatro atividades diárias a que hoje se dedica, permita publicar (ou ‘postar’, como se diz agora), este pensamento de unidade que hoje, acredito, move esta gente da imprensa local onde tenho a honra de me incluir: Amigos do peito, parceiros de horas boas e também amargas, que vamos nos ajudando pela vida, uns aprendendo com os outros. 

 

Das máquinas de datilografia aos computadores, dos microfones de rádio às câmeras que a Qwerty hoje instalou na Upacaraí, dos velhos guerreiros dos tempos do vinil, passando pelas ‘cartucheiras’ em que gravávamos os comerciais, também pelos CDs (quando surgiram, pensei que tivessem também dois lados, como os velhos LPs) e agora no universo dos computadores, provamos que somos todos farinha do mesmo saco. 

 

Cada qual com suas histórias, sua época, suas façanhas para relembrar, suas mágoas para chorar, algumas piadas para contar… e, depois da jornada nem sempre fácil, já em casa, com nossas mulheres e filhos, o desejo que prevalece de que sejamos, pelo menos, respeitados por aqueles a quem sempre servimos: ouvintes, leitores, internautas, homens e mulheres como qualquer um de nós, em busca da felicidade. Abraço aos velhos e novos amigos, aos antigos e revolucionários profissionais. Carpe diem
    

Por: Silvio Bermann
Setor de jornalismo: [email protected]

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